SCP – O elogio da chamada prata da casa
Sou o sócio nº 54442 do Sporting Clube de Portugal e tenho as quotas em dia. Fui colaborador do jornal do Clube de Agosto de 1988 a Dezembro de 1996 e redactor efectivo de Janeiro de 1997 a Novembro de 2006. Viajei com as equipas «leoninas» por todo o país, ilhas e estrangeiro como enviado especial. Talvez por isso, por ter conhecido por dentro o Clube, tenho uma opinião formada contrária à situação dominante no Sporting Clube de Portugal.
Para jogar para o quarto lugar no campeonato, o SCP só precisa de trabalhar com a prata da casa. Jogadores como Cristiano Ronaldo e Nani (Luís Carlos Cunha) foram dois que cresceram em Barroca de Alva e de lá partiram para o Grande Mundo do Futebol cuja capital é Manchester. Partiram mas antes deram muito de si ao Clube. Faziam parte da prata da casa como Manuel Fernandes, por exemplo. Agora acaba de chegar mais um, o 16º elemento contratado esta época mas os jovens vice – campeões do Mundo Cedric Soares e Nuno Reis, jogadores do SCP mas não jogam no seu Clube.
Mandar embora jogadores como Vukcevic, Liedson ou Tonel sem esquecer Adrien, Emídio Rafael, Silvestre Varela, Hugo Viana e Miguel Garcia, para receber um brasileiro que, na primeira entrevista afirma, sem mais nem menos, querer «engrandecer o Clube», é mau.
Tristeza! Não houve ninguém que lhe explicasse a diferença entre «equipa de futebol» e «Clube». O Clube é outra coisa. Muito diferente e não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não cabe nos centímetros quadrados das camisolas, é memória e sangue pisado, vida e morte, alegria e tristeza, história e lenda mas nunca se pode confundir com uma equipa de futebol. A prata da casa é sempre o melhor de nós e para o quarto lugar chega e sobra.
In: Aspirina B
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