domingo, 14 de agosto de 2011

Juve pega time que inspirou cores da camisa em inauguração de estádio

Por GLOBOESPORTE.COM Turim, Itália
 
O Juventus vai jogar contra o Notts County, time no qual as cores da Velha Senhora se baseiam, na cerimônia de inauguração de seu novo estádio. O evento dos bianconeri será no dia 8 de setembro. O novo palco do Juve terá lojas e salas de conferência. O time italiano pegou as cores do clube de Nottingham em 1903.
- É o tributo certo às cores, em um dia em a cerimônia de inauguração vai celebrar 114 anos de história do clubes - dizia o site oficial do time de Turim.
time do Juventus com uniforme listrado (Foto: Divulgação) 
Time do Juve com uniforme histórico (Foto: Divulgação)
 
Os detalhes sobre o amistoso especial serão divulgados apenas algumas horas antes da festa. O clube, inclusive, já disponibilizou na internet a venda antecipada de ingressos para o evento. O Notts County é o time mais antigo do mundo, e completará 150 anos em 2012.

Fundado em 1 de novembro de 1897, o Juventus começou sua história utilizando uma camisa rosa, com gola preta, na qual, inclusive, é baseada a cor do segundo uniforme atual da equipe. De acordo com a lenda, o ponto de virada aconteceu em 1903. Naquele ano, um dos sócios, provavelmente John Savage, segundo o site oficial, assumiu a função de tentar criar novas camisas para o profissional do Juve.

Foi pedido a ele que usasse como inspiração o país onde o futebol nasceu, a Inglaterra. Ele escolheu um homem de Nottingham para produzir as camisetas. O biógrafo Giuseppe Sergi, autor do livro "Juvecentus: a mostra do Centenário", publicado em 1997, nos 100 anos do time, contou esse capítulo da história.

- Um negociante de Nottingham, amigo de parceiros envolvidos na pesquisa, foi escolhido como fornecedor de camisas. Ele mandou para a Itália algumas amostras de uniformes do Notts County. Elas tinham faixas verticas em preto e branco. Além disso, tinham um apelo da massa.

domingo, 7 de agosto de 2011

Extinção da HTC-Highroad

Nem as 5 vitórias em etapas de Mark Cavendish no Tour, a vitória de Tony Martin no contra-relógio em Grenoble e a vitória na classificação dos pontos no Tour do Britânico fizeram demover os patrocinadores da equipa que apanhou os restos da T-Mobile\Deutsche Telekom a terminar com a equipa.
A direcção da HTC-Highroad decidiu ontem por fim à sua equipa profissional de ciclismo. Uma decisão que há muito vinha sido veículada na comunicação social.
Assim sendo, corredores como Mark Cavendish (deverá assinar pelo projecto Britânico da Team Sky) Mark Renshaw (deverá rumar também à Sky) Matthew Goss, Tony Martin, Lars Bak, Alex Rasmussen, Bernard Eisel, Michael Albasini, Danny Pate, Marco Pinotti, Tejay Van Garderen, Peter Velits, Martin Velits estão livres para procurar uma nova equipa.
Se o Britânicos deverão trilhar o seu caminho pela Sky, Tony Martin já foi apontado a várias equipas como a BMC, Garmin\Cérvelo\Quickstep (na próxima época) e Team Radioshack. Tejay Van Garderen também é apontado à equipa de Sérgio Paulinho.
Incógnita ainda é o futuro de Matthew Goss (excelente lançador de sprints, bom corredor de clássicas) Lars Bak e Bernard Eisel (excelentes gregários para sprinters) Michael Albasini (um bom contra-relogista) Pate, Pinotti e os irmãos Velits, que como se sabe, apesar da sua juventude são excelentes corredores de colinas e média montanha.
Segundo o que vi no ranking da UCI e como as regras do protour fazem com que quem se transfira possa transferir os pontos ganhos para o ranking para a equipa contratante, existem corredores muito apetecíveis para que as equipas que os contratem reforcem a sua posição no ranking Protour e como tal, obtenham mais facilmente as suas licenças.
São os casos de Tony Martin (11º do Ranking UCI com 227 pontos esta época) Matthew Goss (12º com 217 pontos) Mark Cavendish (19º com 152 pontos) e Marco Pinotti (30º com 110 pontos).
Esta época até estava a correr de feição à equipa ao nível de vitórias:
- A equipa do Giro venceu colectivamente o contra-relógio por equipas do Giro.
– Michael Albasini venceu o prémio da montanha da Volta ao País Basco.
– Mark Cavendish venceu 5 etapas do Tour, a camisola dos pontos da mesma prova e 2 etapas do Giro.
– O Alemão Jakob Degenkolb venceu 2 etapas do Critério Dauphinè-Libèrè.
– O Australiano Matthew Goss venceu o Milão-São Remo, 1 etapa do Paris-Nice, 1 etapa no Tour da Califórnia.
– O Alemão Bert Grabsch foi campeão nacional Alemão de contra-relógio e venceu uma etapa da Volta à Àustria.
– Tony Martin venceu uma etapa no Dauphinè-Libère, outra no Paris-Nice onde venceu a geral da prova, uma etapa na Volta ao País Basco e outra no Tour de France.
– O Checo Frantisek Rabon sagrou-se campeão de contra-relógio da República Checa assim como venceu na geral e uma etapa da Volta a Murcia.
– Mark Renshaw venceu a geral e uma etapa da Volta ao Qatar.
– O Neo-Zelandês Hayden Roulston tornou-se campeão nacional de estrada do seu país.
– O Bielorrusso Sivtsov foi campeão nacional de contra-relógio e 10º na geral do Giro.
Vitórias simples que somadas deram uma noção de competitividade à equipa. Talvez a competitividade da equipa seja mesmo o motivo que levou os seus patrocinadores a cancelar o patrocínio para a próxima época. Se é certo que a HTC foi até agora uma potência em bruto no que toca a discussão de vitórias em etapas em plano e em contra-relógios, sempre lhes faltou um homem que pudesse discutir grandes voltas. Não é portanto o caso de Tony Martin ou de Peter Velits. Martin terá que melhor em muito nas montanhas, assim como Velits para poderem um dia ousar discutir as grandes provas por etapas.

Leões derrotados pela Udinese nas grandes penalidades

O Sporting foi hoje derrotado pela Udinese (Itália) e ficou no quarto lugar do Torneio Ramon Carranza em futebol, em Espanha, batido no desempate por grandes penalidades (10-9), após o 2-2 registado no tempo regulamentar.
Destak/Lusa | destak@destak.pt

Foram necessários 22 remates da marca da grande penalidade para decidir o encontro, com vantagem para a equipa transalpina, que não conseguiu ser melhor que a portuguesa durante todo o jogo.
O derradeiro ensaio da equipa de Domingos Paciência antes do início do campeonato da Liga revelou a necessidade de alguns ajustes, mas confirmou nomes como Rinaudo e Jeffrén como capazes de galvanizar os adeptos "leoninos".
Este foi o terceiro encontro sem vencer do Sporting na pré-temporada, depois dos desaires frente ao Valência (3-0 em Alvalade) e Málaga (3-1, em Cadiz, onde se disputou este torneio).
Domingos Paciência voltou a apostar na titularidade de Shaars, André Martins, Djaló e Postiga, colocando de início o recém chegado Jeffrén (ex-Barcelona), que havia jogado apenas no segundo tempo na sexta-feira, na derrota com o Málaga, por 3-1.
E, ao contrário do dia anterior, a equipa pareceu mais equilibrada, apesar de ter chegado ao intervalo a perder por 1-0.
O tento dos italianos resultou de um passe longo para as costas de Turan, onde apareceu Isla, que conduziu a bola até à linha de fundo e cruzou para Adbi, isolado no coração da área, que abriu o marcador.
A reação sportinguista fez-se sentir, mas a falta de pontaria de Djaló, Carriço e Jeffrén impediram que os “leões” chegassem ao intervalo com outro resultado.
A determinação que a equipa de Domingos foi revelando ainda no primeiro período teve frutos no reatar do encontro, com o chileno Rubio a apontar o golo do empate, a desviar remate de Rinaudo.
À passagem dos 60 minutos, mercê de alguma motivação coletiva, Diego Rubio voltou a visar as redes adversárias, mas o seu potente remate, ainda de fora da área, passou a centímetros do poste esquerdo.
Um pouco contra o rumo dos acontecimentos, foi a Udinese quem voltou a adiantar-se no marcador, por intermédio de Floro Flores, que desviou para o golo, dando a melhor sequência a um cruzamento em arco desde o corredor esquerdo.
Ao segundo minuto do período de desconto, Diego Rubio bisou, na marcação de um penálti, a punir intervenção faltosa de Danilo, que desviou a bola com a mão dentro da grande área, e levou a decisão do jogo para os pontapés da marca de grande penalidade.

Sinais leoninos – prognósticos no final do jogo

Época passada – Temos de ter Paciência!
Pré-época – Temos de ter Paciência.
Começo do campeonato – Temos de ter Paciência…
Natal – Temos de ter Paciência?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

LEÕES PARTICIPAM NO RAMON CARRANZA

Realizado desde 1955, o Troféu Ramón Carranza foi granjeando prestígio ao longo dos anos à conta do bom cartel que sempre fez questão de apresentar a cada verão. Os anos foram passando mas a tradição manteve-se.
Hoje, volvidas 56 edições, continua a ser um dos grandes atrativos de cada pré-temporada, servindo como uma autêntica parada de estrelas suficiente para “roubar” milhares de adeptos do desporto-rei às praias – ou mesmo, à Movida – de Cádiz. A 57.ª edição conta com quatro equipas que protagonizarão outros tantos desafios. Málaga, Sporting e Udinese são, portanto, os convidados de honra do, clube organizador da prova.
A organização prevê uma receita capaz de amenizar os problemas financeiros do emblema anfitrião, apostando forte em mais um cartel de luxo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Opinião Clodoaldo Dechichi: Morte Súbita no futebol - Aconteceu de novo!

O fisiologista do futebol traz sua opinião sobre o tema, após mais uma morte


O mundo do futebol ficou mais triste na última terça-feira (02 de agosto). Desta vez a notícia veio do outro lado do mundo. Morreu o jogador japonês Naoki Matsuda, zagueiro do Matsumoto Yamaga e ex-jogador da Seleção do Japão. O atleta, de 34 anos, caiu ao gramado após sofrer uma parada cardíaca, imediatamente após 15 minutos de atividade na sessão de treinamento de sua equipe, que disputa a terceira divisão do futebol japonês. Mesmo sendo atendido por médicos no campo de treino, Matsuda foi levado ao hospital, mas não resistiu e morreu. Matsuda disputou a Copa do Mundo do Japão/Coréia do Sul, em 2002, e jogou 40 jogos pela Seleção do Japão. A morte de Naoki Matsuda coloca novamente em destaque um antigo questionamento: como está o “Coração de Atleta” no esporte? Ele encontra-se saudável?
REGISTROS DE MORTE SÚBITA NO FUTEBOL
Muitos jogadores morreram por conseqüência de parada cardíaca no futebol de alto rendimento, durante as disputas de competições pelo mundo. Abaixo seguem alguns registros.
O zagueiro Serginho, 30 anos, jogador do São Caetano/SP, sofreu uma parada cardíaca aos 14 minutos do segundo tempo, numa partida contra o São Paulo, ocorrida no maior estádio particular do mundo, em 27 de outubro de 2004. Exames feitos em fevereiro de 2004, no Instituto do Coração (Incor-SP) revelaram que Serginho tinha arritmia devido à miocardiopatia, doença que dilata o músculo cardíaco. Segundo o Dr. Miguel Moretti, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a situação do jogador Serginho era muito delicada. A indicação do jogador poder praticar esporte competitivo era muito limitada. Serginho tinha um espessamento na parede ventricular esquerda do coração, ou seja, um aumento da camada muscular daquele ventrículo, muito acima de valores considerados normais, como se o coração tivesse feito “halterofilismo”. O laudo da morte do jogador indicou hipertrofia miocárdica, ou seja, um agravamento da doença já detectada no Incor-SP.

O jogador espanhol Antonio Puerta, do Sevilla (Espanha), com passagens pela Seleção da Espanha, morreu por conseqüência de encefalopatia e por uma falência múltipla dos órgãos proveniente da parada cardíaca que sofreu no jogo que disputou contra o Getafe, no dia 25/08/2007, no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, pelo Campeonato Espanhol. O lateral esquerdo de 22 anos, nascido em 26/11/1984, foi internado, mas não resistiu, falecendo dois dias depois do ocorrido. Segundo o cardiologista Víctor López, o jogador sofreu uma paragem cerebral excessivamente prolongada e necrose do tecido nervoso. Puerta foi submetido a uma bateria intensiva de exames, depois de ter “desmaios” repetitivos nos últimos tempos. Antonio Puerta poderia sofrer de uma doença cardíaca congênita, provavelmente uma displasia arritmogênica do ventrículo direito (desenvolvimento anormal de tecidos, onde ocorre a substituição progressiva das células por tecido fibrogorduroso).
O húngaro Miklos Fehér sofreu parada cardíaca no final do jogo do Benfica contra o Vitória de Guimarães (25/01/2004). O atacante de 24 anos, nascido em 20 de julho de 1979, foi levado ao Hospital de Guimarães, falecendo horas depois.
O defensor de Camarões Marc-Vivien Foe, de 28 anos, morreu durante jogo de seu país contra a Colômbia, pela semifinal da Copa das Confederações, em 26/06/2003. Foe disputou mais de 60 jogos pela Seleção de Camarões e atuou também pelo West Ham United e pelo Lens. Jogou sua última temporada pelo Manchester City, emprestado do Olympique de Lyon. Suspeitou-se que ele tenha sofrido um ataque cardíaco ou aneurisma. O médico da Seleção de Camarões, Olivier Assamba, informou que o jogador teve uma diarréia quatro dias antes do jogo. A Copa das Confederações de 2003 foi disputada na França.
TRAGÉDIAS NO MUNDO DO ESPORTE DURANTE COMPETIÇÕESMuitos atletas também morreram durante competições no mundo do esporte, devido à parada cardíaca. Abaixo seguem alguns deles.
1988: Connie Meijer, ciclista holandesa de 25 anos, durante uma prova seletiva na Holanda teve um mal-súbito. Morreu devido à parada cardíaca.
21 de abril de 1980: durante um treino em Bordeaux (França), o jogador francês Omar Sahnoun morreu em conseqüência de uma parada cardíaca. Ele tinha 24 anos.
30 de maio de 1977: aos 5 minutos do segundo tempo, o jogador italiano Renato Curi, de 24 anos, caiu ao gramado no jogo da sua equipe Perugia contra o Juventus de Turim. Foi constatado que o jogador tinha uma má formação cardíaca congênita.
13 de julho de 1967 – Volta da França de Ciclismo: no sul da França (etapa do Monte Ventoux), sob condições de forte calor, Tom Simpson (britânico de 29 anos) teve parada cardíaca. Suspeitou-se que o atleta se utilizava de substância dopante (anfetamina) para melhorar sua capacidade física.
NO BRASIL, MAIS CASOS RECENTES
A cada perído ficamos sabendo de fatos que ocorrem em atletas e praticantes de esportes do cotidiano, culminando na morte súbita.
Uma dessas notícias vem do estado do Piauí, onde um jogador de 17 anos (Leonardo da Silva) morreu após ser vítima de parada cardíaca. Léo, como era chamado, jogava a final do torneio amador da Fazenda Boa Esperança defendendo a equipe da Lagoa Seca. Em seu currículo futebolístico, a jovem promessa do futebol Piauense passou por equipes como Marília A.C. (SP), Uniclinic (Fortaleza-CE) e Pão de Açucar (SP). O atleta jogava normalmente quando caiu desmaiado em campo. O fato ocorreu aos 19 de junho de 2011.
Outro registro foi o óbito do jogador de futsal Émerson Rodrigues Rocha, o “Messinho”. O jogador se aquecia no jogo entre sua equipe, a “Associação Desportiva Vale do Sol Futsal” (ADVF), contra a AGE de Guaporé, em 30/07/2011, quando teve um mal-súbito.O fato ocorreu no ginásio no município de Guaporé (RS), no Vale do Rio Pardo, 210 km de Porto Alegre. “Messinho”, que tinha 38 anos, atuou na Seleção Brasileira de Futsal.
MORTE SÚBITA NO RIO DE JANEIROAconteceu no Campeonato Carioca da série B. O fato ocorreu no Estádio Municipal Alair Corrêa, em Cabo Frio, aos 08 de maio de 2010, no jogo entre Cabofriense e Mesquita. O jogador Fred, meio-campista de 26 anos, que atuava pelo Mesquita, teve um mal-súbito no primeiro tempo da partida. Levado ao Hospital Central de Emergência de Cabo Frio, veio a falecer. A causa da morte foi parada cardíaca. O jogador teve passagens pelo América (RJ), Resende e Bangu.
MORTE SÚBITA EM PRATICANTES AMADORES
Os praticantes anônimos ou amadores do esporte também estão sendo vítimas da morte súbita. O “coração jovem” também está sofrendo parada cardíaca, inclusive crianças. Foi o que aconteceu com Éder Monteiro, de 13 anos, na cidade praiana de São Vicente (SP), em março de 2010. O jovem sofreu um desmaio e caiu ao chão quando jogava futebol com seus amigos no polivalente da Ribeira Bote.

O praticante de Taekwondo, Murilo Penitente, 20 anos, morreu durante uma aula desta modalidade na cidade de Marília (SP), em 01/08/2011. Exames cardiológicos anteriores já indicavam que ele tinha um sopro no coração, e que não deveria praticar atividade física acima da sua condição limitada.

Um rapaz de 24 anos teve morte súbita jogando futebol em Belo Horizonte no dia 08 de julho de 2011. Luiz Antônio Braga Oliveira jogava bola em uma quadra no bairro Bonfim, região noroeste da capital mineira, quando passou mal. O jovem jogou 5 minutos, depois reclamou de dor e deitou no chão. A ambulância foi chamada. O rapaz morreu devido uma parada cardiorrespiratória, segundo os paramédicos.

A morte súbita tem sido verificada em atletas de alto rendimento de diversas modalidades, em atletas e praticantes amadores, sedentários, inclusive em pessoas que fazem alguma atividade somente nos finais de semana. Originária de parada cardíaca, a morte súbita pode ser provocada por uma condição congênita, ou seja, de ordem estrutural presente desde o nascimento ou primeiros anos de vida de uma pessoa, de modo a afetar a funcionalidade, a ritmicidade, a contratilidade e a refratariedade, criando anomarlidades no fluxo sanguíneo, na condução do potencial elétrico e na alteração no sincronismo mecânico do coração. Deficiências nas paredes internas, nas câmaras cardíacas, no sépto ventricular, nas válvulas, nos nodos e marca-passo “natural”, nas artérias e veias são alguns exemplos.

TREINAMENTO FÍSICO PROMOVE ADAPTAÇÃO NO CORAÇÃOSegundo a Organização Mundial de Saúde (2005), as doenças cardiovasculares lideram as causas de morte no mundo. Dentre essas doenças, a hipertrofia ventricular esquerda (HVE), pode constituir um indicador de grande relevância no risco de mortalidade cardiovascular, podendo apresentar risco de morte seis vezes maior que a população em geral. A HVE do coração pode ocorrer devido à sobrecarga de volume (adição de sarcômeros em série) ou devido à sobrecarga de pressão (adição de sarcômeros em paralelo). No primeiro caso, a hipertrofia é denominada de excêntrica, e o segundo caso de hipertrofia concêntrica.
O corpo humano reage a todo estímulo fisiológico. Assim, o exercício físico promove adaptações no coração, também conhecido como remodelagem cardíaca, bem como mudanças na geometria do ventrículo esquerdo para atender as demandas fisiológicas da atividade e melhorar o desempenho. A característica da modalidade esportiva e seu treinamento conduzirão o coração a uma condição de adaptação ou remodelagem.
Como exemplo, o coração do halterofilista, durante sua atividade, bombeará mais sangue a cada minuto (débito cardíaco) que o nadador. O halterofilismo promove a hipertrofia ventricular esquerda do tipo concêntrica (sobrecarga de pressão), já a natação, promove a hipertrofia ventricular esquerda excêntrica (sobrecarga de volume). São características do “Coração de Atleta”, onde há adaptações morfológicas, funcionais e moleculares aos exercícios de “força” e “resistência”.
ADAPTAÇÃO DO CORAÇÃO DO FUTEBOLISTA
PARECE SER DIFERENTE

O futebol é uma modalidade de intermitência onde os jogadores realizam corridas em intensidades variadas (leves, moderadas e rápidas), além do “andar” e do “estar parado”, que representam momentos de recuperação física do jogador no jogo. Chega a percorrer entre 10 a 12 km por jogo, somando-se todos estes trechos de intermitência, bem diferentes dos 5 km percorridos, em média, décadas atrás. Além disso, os treinos tornaram-se mais longos e extenuantes, com recuperações curtas entre as sessões de treinos e pós-jogos. Então, parece estar evidente que o coração do jogador de futebol está sendo mais exigido, indicando estar trabalhando acima de limites toleráveis dentro da individualidade de cada jogador, o que caracteriza uma sobrecarga hemodinâmica sobre o coração, e provavelmente uma adaptação e remodelagem do coração diferenciada dos outros esportes.
Pesquisadores descrevem que exercícios regulares e equilibrados promovem sobrecarga hemodinâmica transitória conduzindo o coração à hipertrofia adaptada (fisiológica). Entretanto, alertam para o fato que exercícios extenuantes e contínuos promovem sobrecarga hemodinâmica persistente conduzindo o coração à hipertrofia mal-adaptada (patológica). Desta forma, o espessamento da parede do ventrículo esquerdo na hipertrofia fisiológica pode ser considerado um padrão aceitável de remodelagem do coração. Entretanto, a hipertrofia patológica promove aumento de massa exagerada do miocárdio, enrijecimento muscular, arritmias, isquemia, necrose celular, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e risco de morte súbita.
Atualmente pesquisadores espanhóis procuram demonstrar que o coração dos jogadores de futebol é diferente dos de atletas de outros esportes, o que poderia ter alguma relação com os casos de morte súbita no campo de jogo e de treinos. Segundo os pesquisadores, a causa mais frequente da morte de atletas durante a prática de futebol é um engrossamento (espessamento) que ocorre nas paredes do coração. Para este estudo, está sendo utilizado um grupo de 30 jogadores de dois clubes da Espanha. Um dos médicos envolvidos na pesquisa não hesitou ao dizer que “o coração de jogador do futebol de rendimento é diferente do Coração de Atleta”
CATEGORIAS DE BASE E ESCOLINHAS DE FUTEBOL PODEM
ATÉ DESENVOLVER ANOMALIA CARDIOVASCULAR

As Categorias de Base dos clubes de futebol de alto rendimento, bem como as Escolinhas de Futebol, formadoras de novos talentos, podem estar priorizando cada vez mais a “mecanização” da performance, o que promoveria a precoce formação do jovem atleta. É importante destacar que existem fases de desenvolvimento biológico e maturacional que necessitam ser observadas. Trata-se da pré-puberdade, puberdade e pós-puberdade. Vale ressaltar que a puberdade representa o período de transição do desenvolvimento humano, circunstanciada por transformações biológicas de âmbito comportamental (psíquico), corpórea (físico), neural, hormonal, renal, etc. Atividades intensas, extenuantes, persistentes e não condizentes com a fase maturacional do jovem futebolista em formação, podem promover riscos aos músculos, articulações, tendões, cartilagens, coluna vertebral, distúrbios emocionais, psíquicos e hormonais, bem como sobrecargas hemodinâmicas exageradas sobre o coração, nosso assunto de destaque, podendo até desenvolver, nestas condições, anomalia cardiovascular que poderá ser agravada com a continuidade de treinamentos extenuantes, intensos e persistentes ao longo do tempo, podendo até desencadear a temida morte súbita no futuro.
EXAMES ELETROCARDIOGRÁFICOS AUXILIAM NO DIAGNÓSTICO
Os exames eletrocardiográficos em repouso e no exercício, bem como o diagnóstico ecocardiográfico e o monitoramento constante da Pressão Arterial (PA) constituem ferramentas imprescindíveis que auxiliam na avaliação da saúde do coração, na aptidão ao exercício físico e na prevenção e minimização da morte súbita nos campos e quadras desportivas. Devem ser aplicadas periodicamente em todas as categorias da base e profissionais dos clubes e nas Escolinhas de Futebol e nos praticantes de todas as modalidades (amadores e profissionais).
CONSIDERAÇÕES FINAISFisiologistas, Preparadores Físicos, Médicos e pesquisadores da área cardiovascular necessitam ficar demasiadamente atentos sobre o assunto da morte súbita nos campos de futebol e nas quadras desportivas, que vem vitimando atletas profissionais, atletas amadores e praticantes comuns de atividade física, em todas as idades, no Brasil e no mundo. Não se pode mais fechar os olhos para uma realidade tão cruel: a morte súbita nos esportes. Finalizando, “com a palavra os especialistas”.

Conhecendo as Categorias (FORMULA 1)


A Fórmula 1 é a mais popular modalidade de automobilismo do mundo no início do século XXI. Ela tem o objetivo de ser a categoria mais avançada do esporte a motor. É regulamentada pela Fédération Internationale de l'Automobile (FIA), com sede em Paris. Ao contrário do que muitos acreditam, o registro oficial da categoria consta como Fórmula Um (Campeonato Mundial de Fórmula Um), com o númeral escrito por extenso, mas também se aceita o uso do 1 e do I.

A história da Fórmula 1 tem início com as competições de Grandes Prêmios disputadas na Europa, no início do século XX. Apenas durante a Segunda Guerra Mundial, houve uma pausa. As competições de Grande Prêmio recomeçaram logo após o fim do conflito, em 9 de Setembro de 1945, prosseguindo até a atualidade, sem interrupções.

Anos 1950: o início

Seguindo os dirigentes do automobilismo, a FIA anunciou a prova inaugural do campeonato mundial de F-1, em um sábado, 13 de maio de 1950 no Circuito de Silverstone, na Inglaterra, para não coincidir com um culto religioso local.
História de Silverstone
O campeonato anunciado compreendia 6 GP's a serem disputados na Europa: Inglaterra, Mônaco, Suíça, Bélgica, França e Itália, e seria ainda adicionado o resultado das 500 Milhas de Indianápolis, tornando, dessa maneira, um campeonato "mundial" (apesar do fato de que os carros, equipes e pilotos que competiam nos EUA serem completamente diferentes dos da Europa).

Devido às dificuldades do pós-guerra, os carros eram todos do pré-guerra. Permitiu-se a participação de carros com motores superpressurizados até 1,5 litro ou com motores aspirados de 4,5 litros. A confirmação da presença da Alfa Romeo foi determinante para o momento. Sua participação com as Alfettas, dominantes na época, trouxe prestígio para o campeonato. Confirmaram presença a Ferrari (mas os carros não ficaram prontos para a prova inaugural), Maserati, algumas "Voiturettes" ERA e carros esportivos modificados, como os Talbots.

Seriam descartados os 3 piores resultados das 7 corridas disputadas. A pontuação era assim dividida: 8 pontos para o primeiro colocado; 6 para o segundo; 4 para o terceiro; 3 para o quarto; 2 para o quinto colocado e um ponto para o piloto que marcasse a volta mais rápida da prova.

A prova inaugural em Silverstone contou com um público de 100.000 pessoas estimadas, além da presença do Rei George VI, a Rainha Elizabeth e a princesa Margareth.

Após o domínio nos dois primeiros anos das Alfettas e as antigas voiturettes, a Ferrari apresenta um carro vencedor com motor de 4,5 litros e domina completamente os anos de 1952 e 1953, dando a Alberto Ascari o título de bicampeão. Neste momento, a Alfa, que competia ainda com as Alfettas (projeto do pré-guerra) não tinha recursos financeiros para investir no desenvolvimento de um novo projeto e decide abandonar a categoria.
O grande campeão Juan Manoel Fangio
Em 1954, a Mercedes-Benz retorna ao esporte com um carro perfeito que deu a Juan Manuel Fangio mais 2 títulos, tornando-se tricampeão mundial. Os carros são menores, com motores de 2,5 litros. Ao final de 1955, a Mercedes abandona as competições em razão da tragédia de Le Mans ocorrida naquele ano, quando mais de 80 espectadores morreram quando a Mercedes de Pierre Levegh projetou-se sobre a multidão. Neste momento, a Ferrari contrata Fangio, que conquista o quarto título na F-1. Em 1957, ele conquista seu quinto (e último) título pela Maserati.

Em 1955, a Vanwall, primeira equipe inglesa de F-1, apresenta um carro originalmente concebido para a Fórmula 2 de 2,0 litros, porém equipado com freios a disco e injeção de combustível. Em 1956, a Vanwall apresenta o motor de 2,5 litros e um novo chassi concebido por Colin Chapman, que nesta época desenvolvia carros esporte para a Lotus. Após algumas modificações introduzidas na suspensão por Chapman e a contratação de um especialista em carrocerias, Frank Costin, o carro da Vanwall tornou-se extremamente competitivo. Para brigar pelo campeonato foram contratados 2 excelentes pilotos: Stirling Moss e Tony Brooks. Assim, a Vanwall se tornou a primeira equipe campeã de construtores em 1958.

Em 1958, a Cooper apresenta um pequeno carro (baseado nos modelos da Fórmula 3 de 500cc) com motor de fabricação própria, montado na parte traseira, com um acentuado índice de avanço técnico comparado aos carros da época. Este carro marcou os modelos da década que se iniciava já sendo campeão de construtores e de pilotos, com o australiano Jack Brabham, em 1959 e 1960.

As cores dos carros

As cores tradicionais dos carros no início da Fórmula 1 eram: o verde para as equipes inglesas, o vermelho para as italianas, o azul para as francesas e o branco alemão. Nessa época, a F-1 era essencialmente um esporte, e o mercantilismo ainda não tinha tomado conta. As equipes eram mantidas com ajuda das empresas de petróleo e fabricantes de pneus. Essa obrigação durou até 1968.

A primeira mulher

No ano de 1958, pela primeira vez a Fórmula 1 teve uma mulher piloto alinhando no grid. Foi a italiana Maria Teresa de Filippis.Ela tentou se classificar para 5 grandes prêmios, quatro deles pela equipe Maserati e um pela Porsche. Classificou-se para três deles. Sua melhor atuação foi em sua segunda corrida, na Bélgica em 1958, quando largou na 15ª colocação e terminou na 10ª.
Documetário japonês sobre Maria Teresa de Filippis

Anos 1960

Devemos, antes de tudo, ter cuidado ao analisar este período sem o romantismo que temos costume de enxergar estes anos, pois senão corre-se o risco de não dar o valor merecido a este importante momento da categoria. Nos anos 1960 ocorreram as mais profundas mudanças na Fórmula 1. Foi o grande momento para os entusiastas (também chamados na época de garagistas, com um tom de menosprezo pelas grandes fábricas). Consolidou-se o motor traseiro, a tecnologia de 4 válvulas por cilindro, Chapman iniciou uma nova era com o monocoque e a maior das descobertas: a aerodinâmica. Diferentes asas e spoilers apareceram a partir de 1967, mas, após 1968 é que aconteceu uma revolução neste campo.
A Formula 1 dos anos 60
A década começou com motores gerando 160hp e terminou com carros equipados com o motor Cosworth DFV chegando a desenvolver 450hp, o que determinou um avanço no desenvolvimento dos pneus que se tornavam cada vez mais largos, mas ainda providos de sulcos. Mas os pilotos já precebiam que com o desgaste nem sempre se perdia em aderência, e já no início de 1970 os primeiros pneus slick apareceram.

No campo da propaganda, esta época foi decisiva para o futuro das competições na Fórmula 1 como conhecemos hoje. A Lotus se juntou a uma empresa de tabaco em 1968, e criou a equipe Gold Leaf Lotus, com carros pintados de vermelho, branco e dourado, o que fez desaparecer o tradicional verde britânico. As competições se transformaram num meio comercial.

Mas os anos 1960 também trouxeram muitas mortes nas pistas. Jackie Stewart passou a exigir mais segurança na Fórmula 1. Tudo começou num gravíssimo acidente que ele sofreu em 1966 na pista belga de Spa-Francorchamps. Uma tempestade atingiu o circuito, e deixou seco somente o grid de largada. Na rápida Masta Straight, a BRM de Stewart girou e caiu em uma vala, e ele ficou preso no carro com o macacão encharcado de gasolina, enquanto Graham Hill e Bob Bondurant tentavam desparafusar o volante para poderem retirar Stewart de dentro do monocoque avariado. A partir daí, disse que não correria na equipe se não tivesse segurança no carro. Foi ele que idealizou o capacete que cobre toda a cabeça do piloto e do macacão antichamas. A partir daí, ele chegou a ser ridicularizado por aqueles que achavam que as competições deviam ser um esporte de riscos. Ficou, inclusive, conhecido como homem vacilante, mas se tornou campeão do mundo por 3 vezes.

O ano de 1960 registrou a última vitória de um carro com o motor de 2,5 litros montado à frente do piloto na Fórmula 1, uma Ferrari pilotada por Phil Hill, na pista inclinada de Monza. A Cooper se tornou campeã de construtores e seu piloto, Jack Brabham, o campeão dos pilotos, assim como acontecera em 1959.

A partir de 1961, os dirigentes da Fórmula 1 optaram pelos motores de 1,5 litro, o que trouxe de volta o domínio dos carros vermelhos da Ferrari de nariz de tubarão. Phil Hill se tornou campeão de 1961 com 5 pontos de vantagem sobre Wolfgang von Trips, também da Ferrari, que se sagrou campeã entre os construtores. Entretanto, a conquista ferrarista foi ofuscada pela trágica morte de Von Trips, em plena Monza.

Em 1962, os ingleses reagiram e as equipes BRM (campeã de construtores e pilotos, com Graham Hill em 1962) e Lotus (campeã em 1963) passaram a dominar o circuito. Em 1964, a Ferrari retoma o título de construtores e pilotos com John Surtees (que já tinha 7 títulos de Motovelocidade nas 350cc e 500cc quando foi para a Fórmula 1). A Lotus venceu o campeonato de 1965, novamente com Jim Clark, tendo conquistado o título individual, como já havia ocorrido em 1963.

Em 1966, a Fórmula 1 passou a contar com motores de 3,0 litros, mas os motores de até 1,5 litro superpressurizados também eram permitidos (mas foi ignorado na época). Jack Brabham conquistou seu terceiro e último título de campeão de Fórmula 1, mas registrou um feito até os dias de hoje único: foi campeão de construtores e pilotos tendo fabricado o próprio carro! Em 1967, a Brabham vence o campeonato, mas desta vez o piloto neozelandês Denny Hulme supera "Old Jack" por 3 pontos e conquista o título.

Graham Hill venceu o campeonato de 1968, e a Lotus foi a campeã dos construtores, mas o ano ficou marcado pela morte de Jim Clark, no dia 7 de Abril, em uma prova de F-2 em Hockenheim. Tal qual 26 anos após, em Ímola, o mundo do esporte ficou terrivelmente abalado. Após sua morte, Jackie Stewart iniciou a cruzada pela segurança no esporte.

1969 marcou a entrada na Fórmula 1 do potente motor Ford-Cosworth DFV, que exerceu domínio na F1 tendo sido usado até 1981 e tendo conquistado 10 títulos. Correndo pela equipe francesa Matra, Stewart conquista seu primeiro título, dando à Matra sua única conquista entre os construtores.

Anos 1970

Não podemos analisar a década de 1970 na F1 sem falarmos de Bernie Ecclestone, Colin Chapman, o motor V8 Ford-Cosworth DFV e a equipe Renault.
A Formula 1 da década de 70
 
No ano de 1971, Ecclestone comprou a equipe Brabham pela quantia de £100.000. Em 1972 assumiu a direção de uma organização criada pelas equipes inglesas, a FOCA (Formula One Constructor´s Association), com o objetivo de negociar suas participações junto aos organizadores das competições. Os proprietários dos circuitos tinham até o final dos anos 1960 toda vantagem comercial nas negociações, chegando a controlar a receita das equipes e deter poder político dentro da CSI (Commision Sportif Internationale) - sub-comissão esportiva da FIA. Ecclestone unificou a Fórmula 1 e criou condições para a realização das competições que os proprietários de circuitos tiveram que aceitar, anulando o poder que estes detinham até então. Em 1979, Ecclestone foi o escolhido pela FIA para negociar e administrar os direitos de transmissão de TV.

No final da década de 1960, os fabricantes de carros concentravam seus investimentos em carros esportivos, mas com a introdução do motor Ford-Cosworth DFV em 1967, as equipes podiam concentrar atenção e verba no desenvolvimento de chassis; O DFV estava disponível a qualquer equipe pelo custo de £7.500 por unidade. Em 1974 as únicas equipes que não o utilizavam eram a Ferrari e a BRM. O crescente aumento de audiência na TV criou um atrativo para patrocinadores, inicialmente os que não faziam parte da indústria automobilística, como o segmento tabagista. Não tardou para os fabricantes de carros voltarem a participar da F1.

Em 1977, a Renault retornou às corridas de Grande Prêmio (após ter se retirado em 1906), com o projeto de fazer do motor turbo um vencedor na Fórmula 1, que já era desenvolvido em corridas de carros esporte e endurance, como Le Mans. O V6 Turbo francês, que produzia mais de 1.000 HP, preocupava as equipes que utilizavam (sem outra alternativa) o Cosworth DFV e quando em 1978, Colin Chapman descobriu o efeito-solo (compensar a falta de potência prendendo o carro ao solo), deu uma sobrevida de mais 6 anos ao DFV. A Renault obteve seu primeiro triunfo em julho de 1979, com a vitória de Jean-Pierre Jabouille no GP da França, marcado pelo antológico duelo entre René Arnoux e Gilles Villeneuve.
Duelo René Arnoux X Gilles Villeneuve
Os anos 1970 também revolucionaram a fabricação dos pneus. Em 1971, foram adotados os pneus Slick (sem sulcos), que alguns pilotos ainda achavam que seriam escorregadios, e quando do retorno da Renault em 1977, a Michelin foi sua parceira no fornecimento de pneus, utilizando, pela primeira vez na Fórmula 1, os pneus Radiais. O sucesso foi imediato. Já em 1978, a Ferrari trocou a Goodyear (com tradicionais pneus de lonas diagonais) pelos radiais da Michelin.

No que tange à competição na pista, a década começou com um acontecimento curioso, ligado a um fato triste: o campeão da temporada de 1970 foi o austríaco Jochen Rindt, que é até hoje o único campeão póstumo da categoria. Apesar de ter iniciado sua carreira na Fórmula 1 em 1964, somente em 1969 teve um carro a altura de seu talento, quando veio a primeira vitória. Na temporada de 1970, foram 5 vitórias quando em uma sessão de treinos em Monza, entrou forte na Parabólica e perdeu o controle da Lotus, o que causou sua morte instantânea. Rindt tinha 45 pontos nesta altura da temporada, e com o resultado da prova de Monza Clay Regazzoni (31 pontos), Jack Brabham (25 pontos), Stewart (25 pontos), Hulme (23 pontos) e Jacky Ickx (19 pontos) entraram na briga pelo título com 3 provas a disputar e 18 pontos em jogo. 

Na prova seguinte, no Canadá, Brabham, Stewart e Hulme abandonaram e se despediram da disputa do título. A próxima corrida seria disputada em Watkins Glen e Ickx, que havia vencido no Canadá, precisava de vencer esta e a última corrida, no México, e Regazzoni, 2°colocado no Canadá, precisava de 1 vitória e um segundo lugar, mas Ickx chegou em 4º, Regazzoni não marcou nenhum ponto e desta forma a temporada estava decidida. Com uma vitória no México, Ickx tornou-se o vice-campeão e Regazzoni, que chegou em 2º na última prova, ficou com a terceira colocação no campeonato. Vale aqui o registro que o GP da Inglaterra, o sétimo de um total de treze, marcou a estréia daquele que abriu as portas para os pilotos brasileiros na Europa: Emerson Fittipaldi, que na sua temporada de estréia já venceu sua primeira corrida, o G.P. dos Estados Unidos, em Watkins Glen.

A temporada de 1971 foi inteiramente dominada por Jackie Stewart, que viria a se tornar o maior piloto daquela década - mesmo com a estréia de Niki Lauda, guiando um Tyrrell 003. Ao final da temporada, Stewart fechava com 62 pontos, contra apenas 33 pontos de Ronnie Peterson, com 6 vitórias e um 2º lugar em 11 provas disputadas.

1972 foi o ano de Fittipaldi. Com 5 vitórias, 2 segundos lugares e um terceiro, somou 61 pontos, sagrou-se campeão com 2 provas de antecedência. Com 45 pontos e 5 vitórias, coube a Stewart o vice-campeonato e com 39 pontos Denny Hulme ficou em terceiro. Emerson se tornou o mais jovem campeão do mundo com 25 anos, estatística que foi batida somente em 2005 por Fernando Alonso.

Em 1973, Stewart deu o troco e conquistou seu terceiro e último título mundial de Fórmula 1. Com 5 vitórias, 2 segundos, 1 terceiro, 2 quartos e 2 quintos lugares (não marcou em apenas 2 provas) somou 71 pontos, 16 a mais que Emerson, o vice-campeão. Ronnie Peterson, companheiro de Fittipaldi na Lotus, ficou em terceiro, a apenas 3 pontos do brasileiro. No GP da África do Sul, o terceiro da temporada, mais um brasileiro estreou na F-1: José Carlos Pace, que somou 3 pontos no ano. 1973 marcou também a aposentadoria de Stewart, aos 34 anos, após 9 temporadas, 101 GP's, 27 vitórias, 17 poles e 15 voltas rápidas. A Tyrrell Racing jamais seria forte novamente.

A temporada de 1974 também foi muito disputada e faltando 2 provas para o final, Clay Regazzoni (Ferrari) tinha 46 pontos, Emerson Fittipaldi (que trocou a Lotus pela McLaren) tinha 43 pontos, Jody Scheckter (Tyrrell) tinha 45 e Niki Lauda (Ferrari) somava 38. A prova a seguir seria disputada no Canadá e foi vencida por Emerson, seguido de Regazzoni. Scheckter e Lauda abandonaram. Para a última prova, nos Estados Unidos, novamente em Watkins Glen, Scheckter precisava da vitória, pois Emerson e Regazzoni estavam empatados com 52 pontos. Quem venceu foi o argentino Carlos Reutemann, com o brasileiro Pace em segundo, seguido de James Hunt e Emerson Fittipaldi, que se tornou bicampeão mundial de Fórmula 1. Regazzoni terminou em 11º e Scheckter não completou a prova.

Em 1975, Lauda não deu chance a ninguém. Fechou o ano com 64 pontos, 19 de vantagem para Emerson, que foi o vice-campeão, seguido por Reutemann, que somou 37 pontos. Nos anos 1970 morriam 2 pilotos por temporada e ao chegarem em Barcelona, para o GP da Espanha, os pilotos verificaram que os guard rail's não haviam sido colocados de forma correta. Fittipaldi deu um ultimato aos organizadores de que os pilotos não treinariam "enquanto o guard rail for peça decorativa". Os organizadores ameaçaram confiscar carros e equipamentos nos boxes forçando aos donos de equipes obrigarem seus pilotos a entrarem na pista. Emerson, Wilson Fittipaldi Júnior e Arturo Merzario tiveram coragem de ficar fora da pista. 1975 marcou a estréia da Copersucar-Fittipaldi, que disputou o campeonato de F1 até 1982. Este ano foi marcante para José Carlos Pace, que somou 24 pontos e conquistou sua primeira (e única) vitória, no Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos, autódromo que hoje leva seu nome.

A temporada de 1976 começou muito boa para Lauda. Após 5 vitórias na primeira metade do ano, ele sofreu um terrível acidente no Grande Prêmio da Alemanha, e só sobreviveu graças a coragem de Arturo Merzario, Brett Lunger, Harald Ertl e Guy Edwards. Lauda, que passou 4 dias na UTI (tendo chegado até a receber a extrema-unção, em virtude de seu gravíssimo estado de saúde), lutou para recuperar a forma a tempo de disputar o Grande Prêmio da Itália, em Monza, onde chegou em quarto lugar. Alcançou o mesmo resultado na prova seguinte, no Canadá. Não marcou pontos nos EUA. Foi para a última prova no Japão, onde enfrentou um temporal que o fez resolver abandonar a prova, permitindo assim que James Hunt (McLaren) conquistasse seu único título por apenas um ponto de vantagem. Esta temporada marcou a saída de Emerson Fittipaldi da McLaren, indo ser piloto da Copersucar, abrindo mão de lutar por um possível terceiro título mundial. O brasileiro somou 3 pontos em 1976.

A midia arrasou Lauda, chegando a dizer que ele havia se acovardado, mas ao conquistar o título de 1977, o tri-campeonato, tornou-se maior novamente. Somou 72 pontos contra 55 de Jody Scheckter e 47 de Mario Andretti. Lamentavelmente, para os torcedores brasileiros, no dia 18 de Março de 1977, Pace sofreu um acidente fatal com seu monomotor ao retornar da fazenda de um amigo que faleceu também no acidente, em Mairiporã, na Grande São Paulo.

Em 1978, Lauda mudou-se para a Brabham, mas viu a Fórmula 1 ser dominada pela Lotus. Mario Andretti conquistou o título com 13 pontos de vantagem sobre seu companheiro de equipe, Ronnie Peterson. O "sueco voador" não terminou aquela temporada. Um acidente depois da largada do Grande Prêmio da Itália, em Monza, envolvendo vários carros o vitimou. O ano de 78 marcou a entrada do brasileiro Nelson Piquet na Fórmula 1, correndo pela equipe Ensign.

O título de 1979 foi disputado pelos pilotos da Ferrari, Jody Scheckter e Gilles Villeneuve que conquistaram 3 vitórias e 3 segundos lugares cada um, mas com vantagem para Scheckter, que somou 51 pontos contra 47 do canadense. O australiano Alan Jones somou 40 pontos, com 4 vitórias e 1 terceiro lugar e terminou o ano na terceira colocação. Ao final da temporada, Niki Lauda comunicou que estava se aposentando por não ter motivação para correr.

Anos 1980 - A era McLaren-Williams e os tricampeonatos de Lauda e Piquet

Depois das emocionantes temporadas da década de 1970, chegou a década de 1980. A Williams e McLaren imperavam nas pistas, mas equipes tradicionais, como Lotus e Ferrari, começavam a sentir a crise. Tal período foi considerado um dos melhores da história da F-1. 

Em 1980, o australiano Alan Jones triunfou com a sua Williams. Em 1981, deu Nelson Piquet, competindo pela Brabham. 1982 foi um ano triste para alguns torcedores, devido aos acidentes fatais de Gilles Villeneuve e Riccardo Paletti. Mas o austríaco Niki Lauda, que havia se afastado da categoria depois de 1979, retornou, agora como piloto da McLaren. O finlandês Keke Rosberg surpreendeu e ganhou o campeonato com apenas uma vitória. Em 1984, Lauda faturou o tricampeonato por apenas meio ponto de diferença sobre Alain Prost - se Prost tivesse vencido o Grande Prêmio de Mônaco (com mais da metade da corrida disputada), interrompido pela chuva, o francês seria campeão. Foi nessa temporada que surgiu Ayrton Senna, um dos maiores pilotos da história da categoria. 

Entrevista com Airton Senna antes de sua entrada na Formula 1
Vitória de Piquet no GP do Brasil de 1983
Em 1985, Prost não deixa o título fugir. Em 1986, ele repete a dose, aproveitando os estouros dos pneus dos carros de Piquet e de Nigel Mansell. Em 1987, a disputa seria entre Piquet e o inglês. O Leão bateu forte em Suzuka, e não teve condições de correr. Piquet conquistou o tricampeonato.

Primeira Vitória de Senna em 1985

1988-1989: o domínio da McLaren e a histórica disputa entre Senna e Prost

A rivalidade Senna X Prost
1988 e 1989 foram os "anos McLaren", pois Ayrton Senna, vindo da Lotus, e Alain Prost, que havia vencido em 85 e 86, reinaram absolutos. Em 1988, Senna conquistou seu primeiro título mundial numa temporada em que a McLaren venceu 15 das 16 provas disputadas. Apesar da supremacia da equipe, o ano foi marcado pelo duelo histórico entre os dois pilotos, com Senna vencendo oito corridas e Prost conquistando a vitória em sete provas. Senna chegou ao título na penúltima prova do campeonato, no Grande Prêmio do Japão, numa das suas maiores exibições de toda a sua brilhante carreira. O piloto brasileiro largou na pole position, mas teve problemas logo no início com o motor de seu carro. Este detalhe deixou Senna parado no grid por alguns segundos e o fez cair para a décima quarta posição, trazendo maior dramaticidade à disputa com Prost, que assumiu a liderança da corrida. Numa recuperação incrível, Senna ultrapassou seus adversários, alcançando a segunda posição na vigésima volta e tomando a liderança do piloto francês na vigésima oitava, conquistando o campeonato e inserindo seu nome definitivamente no hall dos maiores pilotos da história da Fórmula 1.

Primeiro  campeonato mundial de Formula 1 de Ayrton Senna
Em 1989, Prost faturou o tricampeonato, igualando-se a Nelson Piquet, Jack Brabham, Jackie Stewart e Niki Lauda em número de títulos. O título do francês foi polêmico e também teve como palco o Grande Prêmio do Japão. Em nova disputa emocionante, ele e Senna bateram em uma curva, depois de uma fechada do francês, que tinha a vantagem na pontuação do campeonato e lucraria com o abandono de Senna. Enquanto Prost deixou a corrida, o piloto brasileiro se manteve na pista e venceu a prova, mas foi desclassificado por cortar caminho na chicane e ser empurrado pelos fiscais de prova. Com a desclassicação, a vitória ficou com o italiano Alessandro Nannini, da Benetton e o título ficou com Prost.
Manobra que deu o titulo de 1989 para Alan Prost

Anos 1990

1990-1993: duelos quentes

A década de 1990 foi um divisor de águas na F-1. Em 1990, Senna dá o troco em Prost, que estava na Ferrari. Ambos bateram, agora na largada do Grande Prêmio do Japão, e ficaram fora. Nelson Piquet venceu a prova, com Roberto Pupo Moreno em segundo, e Aguri Suzuki, da Larrousse, chegou em terceiro lugar, melhor resultado de um piloto japonês na F-1. 
Acidente que deu o titulo de 1990 a Ayrton Senna
Última dobradinha do Brasil na Formula 1
Em 1991, deu Senna novamente. Nesse ano, surgiu aquele que seria o maior recordista da categoria, Michael Schumacher, substituindo o belga Bertrand Gachot, preso por ter se envolvido em uma briga em Londres. 
Vitória de Senna em Interlagos 1991
Título de Senna de 1991
Michael Shumacher em seu primeiro ano de Formula 1
Em 1992, Nigel Mansell consegue o título, e se manda para correr na CART, se sagrando campeão. 
Melhores Momentos da temporada de 1991
 
Melhores Momentos da temporada de 1992
Já em 1993, Alain Prost, depois de se licenciar para uma fracassada passagem como piloto de teste da Ligier em 1992, se tornando comentarista em seguida, voltou com tudo. Ele foi tetracampeão pela Williams e encerrou definitivamente sua vitoriosa carreira.
Vitória de Senna em Interlagos em 1993
Melhores Momentos da temporada de 1993
Última vitória de Senna na Formula - 1

1994 - A morte de Senna e o começo da Era Schumacher

1994 é considerado o annus horribilis da Fórmula 1 por causa de inúmeros acidentes. Em San Marino, ocorreu o chamado "Fim de semana negro". Na sexta-feira, Rubens Barrichello, da Jordan-Hart, sofreu um forte acidente na Variante Bassa, e foi impedido de correr, sendo substituído por Andrea De Cesaris. 

Acidente de Rubens Barrichello
No sábado, Roland Ratzenberger, piloto da Simtek, roda na curva Villeneuve, e bate brutalmente no muro. Ele morreu pouco tempo depois. 

Acidente de Ratzenberger
Na corrida, outro acidente assustou a torcida: o português Pedro Lamy espatifou a sua Lotus na Benetton de Jyrki Järvilehto, mas os dois saíram ilesos. Oito torcedores ficaram feridos após serem atingidos por um pneu que voou por sobre a arquibancada. Mas os torcedores esperavam o pior: Ayrton Senna, que abria distância frente a Schumacher, perde o controle da Williams (após a quebra da coluna de direção do seu carro, que fez com que o carro passasse direto na curva, chocando-se com o muro. Com o impacto, a suspensão dianteira direita se partiu, e a ponta do triângulo do braço da suspensão o atingiu na têmpora) e bate violentamente na curva Tamburello. O brasileiro sofreu ferimentos graves, e foi internado no Hospital Maggiore de Bolonha. Porém, o tricampeão faleceu. As comunicações no circuito entraram em colapso, permitindo que o piloto francês Érik Comas, da Larrousse, deixasse o pit-stop e retornasse à corrida quando ela já havia sido interrompida. Comas (ex-piloto da Ligier e campeão da Fórmula 3000 em 1990) somente entendeu o que estava acontecendo quando os fiscais de pista mais próximos ao acidente tremularam nervosamente suas bandeiras vermelhas indicando-lhe a situação, o helicoptero estava parado na pista logo depois da curva tamburello, onde Senna havia batido sua willams, uma curva que é feita a cerca de 300km/h. Se não fosse a atitude dos fiscais ao balançarem as bandeiras vermelhas(prova interrompida), Comas vindo na curva tamburello a mais de 300km/h, não conseguiria freiar e poderia ter batido no helicóptero. O experiente italiano Michele Alboreto se atrapalha nos boxes, e o pneu traseiro esquerdo de sua Minardi escapa, se chocando contra os mecânicos da Ferrari e ferindo um da Lotus. 

Acidente de Ayrton Senna em Imola 1994
O terror parecia continuar quando Karl Wendlinger, da Sauber, bateu na saída do túnel em Mônaco. O austríaco ficou em coma, se recuperou, mas não voltou. No fim, deu Schumacher. O alemão da Benetton chegou à Austrália com um ponto de vantagem sobre Damon Hill, da Williams. Os dois bateram, e ficaram fora. Nigel Mansell, que voltara da Indy, venceu a corrida. Ao fim dessa temporada, duas equipes se despediram melancolicamente: a Larrousse, que somou dois pontos, e a Lotus, que após 36 anos de trabalho, teve um fim indigno, não marcando nenhum ponto, ficando à frente apenas da fraca Simtek.

Manobra que deu o titulo de 1994 a Michael Shumacher
Melhores Momentos da temporada de 1994

1995-1999: o bicampeonato de Schumacher, os títulos de Damon Hill e Jacques Villeneuve, o bicampeonato de Mika Häkkinen e a quebra do jejum de títulos da Ferrari

Já em 1995, Schumacher ganhou o bicampeonato com relativa facilidade.
  
Vitória de Shummacher no GP do Pacífico de 1995
Em 1996, deu Damon Hill, e o herdeiro de Graham Hill se tornou o único filho de um campeão a repetir o feito do pai. 
Em 1997, Jacques Villeneuve, da Williams, faturou seu primeiro título na categoria. 

Título de Villeneuve em 1997

Em 1998 e 1999, a McLaren voltou com tudo. Mika Häkkinen venceu as duas temporadas por pequenas vantagens sobre Schumacher e Eddie Irvine. Neste último ano, a Ferrari encerrou o jejum de dezesseis anos sem um mundial de constutores.

Anos 2000: novos tempos

2000-2004: Domínio de Schumacher e da Ferrari

Entre 1998 e 2004, a "Era Schumacher" chegou ao auge, pois o germânico ganhou cinco campeonatos seguidos. Em 2003, Schumacher sofreu. Kimi Räikkönen, da McLaren, e Juan Pablo Montoya, da Williams, ameaçavam o reinado do ferrarista. Porém, nos EUA, Montoya teve um fraco desempenho, e somente Räikkönen era o único a bater Schumacher. No entanto, Kimi também não esteve muito bem, e Schummy venceu por dois pontos. Em 2004, Schumacher não teve piedade dos inimigos, e venceu quase tudo.
Primeira vitória de Rubens Barrichello

2005-2006: Alonso e Renault no topo

Em 2005 e 2006, Fernando Alonso, da Renault, garantiu o título, dando à Espanha o bicampeonato. 2005 foi também o ano de despedida de duas equipes tradicionais: a Minardi e a Jordan, que por pouco não protagonizaram um pódio histórico nos EUA, se Schumacher e Rubens Barrichello abrissem mão da vitória. Em 2006, Felipe Massa,substituto de Rubinho, venceu pela primeira vez. Três equipes estrearam nessa temporada: Super Aguri, S.T.R. e Midland. Foi também no certame de 2006 que Michael Schumacher se despediu após ter batido quase todos os recordes - apenas o de maior número de corridas não foi quebrado.

Primeira vitória de Felipe Massa GP da Turquia 2006

Vitória de Felipe Massa no GP do Brasil em 2006

Especial Michael Shumacher

2007: um duelo histórico

A temporada de 2007 foi uma das mais disputadas da história recente da categoria. Lewis Hamilton, estreante e primeiro piloto negro da história da F-1, conseguiu ser o piloto sensação da temporada, liderando a maior parte do tempo o campeonato de pilotos. Porém, nos GPs da China e do Brasil, os dois últimos, o jovem inglês cometeu dois erros que lhe custaram o título. Kimi Räikkönen, de forma inesperada, conquistou seu primeiro título mundial por uma diferença de apenas um ponto sobre Hamilton e Alonso. 

 Raikkone campeão de 2007
A temporada foi marcada também pelo caso de espionagem feita pela equipe McLaren sobre a Ferrari, que resultou na perda de todos os pontos da equipe McLaren, além de ter corrido o risco de ser excluída do campeonato. Felipe Massa ficou na quarta posição do campeonato.

2008: Brasil de volta à disputa do título

O campeonato de 2008 foi o mais disputado dos últimos tempos, com boa performance de pilotos novatos, com destaque para Sebastian Vettel, da Scuderia Toro Rosso, que se tornou o piloto mais jovem a vencer um GP da categoria. Nesse ano, houve melhora na perfomance de equipes como STR, Renault e Toyota, que podem figurar entre as grandes equipes em 2009.
A decisão aconteceu em Interlagos, onde Felipe Massa e Hamilton duelaram, até os últimos metros pelo título.

A decisão foi até a última volta. Felipe Massa precisava vencer e fez sua parte. Com a vitória de Felipe, Hamilton não podia chegar em posições inferiores ao quinto lugar. No final da prova, choveu mais forte. Todos trocaram pneus, menos Timo Glock, que passou Hamilton, e deixou o inglês segurando a pressão de Sebastian Vettel, com sua STR.

Vettel ultrapassa Hamilton, mas, na última curva, Glock, com pneus slick, "patinava", e com dificuldades visíveis de manter o carro na pista. Hamilton passou Timo, foi para o 5º lugar e conquistou seu primeiro título mundial por apenas 1 ponto de diferença.

O heptacampeão Michael Schumacher, em entrevista, disse que nunca viu corrida tão emocionante como a de Interlagos em 2008.

Titulo de Lewis Hamilton de 2008 no GP do Brasil
Esta temporada se revelou equilibrada entre grandes equipes como Ferrari, McLaren e Renault, que veio se recuperando no fim do campeonato. Não devem ser esquecidos os erros grotescos da Ferrari, que custaram o campeonato da equipe e de Massa.

Nelsinho Piquet conquistou bons resultados na segunda metade do campeonato. No entanto o herdeiro de Nelson Piquet teve sua carreira manchada na Formula 1, quando ao final da temporada foi revelada uma conspiração da equipe Renault, na qual ele confessou ter batido propositadamente (cumprindo ordens do chefe da equipe, Flavio Briatore, e o engenheiro chefe, Pat Symonds) na corrida de Cingapura, dando assim a vitória ao seu companheiro Fernando Alonso.
Entrevista com Nelson Piquet sobre o caso Nelsinho

Este ano marcou a aposentadoria do inglês David Coulthard, que abandonou logo na largada do GP de Interlagos, e a quebra do recorde de corridas disputadas, pertencente a Rubens Barrichello.

2009: a temporada das surpresas

O ano de 2009 foi marcado pela redenção do inglês Jenson Button, que havia perdido seu lugar com a saída repentina da Honda. Entretanto, Ross Brawn, que já havia trabalhado com Button e Rubens Barrichello em 2008, comprou o espólio da equipe japonesa e a rebatizou com seu sobrenome. Os motores dos carros eram da Mercedes-Benz, e na Austrália, Button teve um começo avassalador, quebrado somente no GP da China, vencido pelo alemão Sebastian Vettel, da RBR.

Além da Brawn GP e da RBR, merece destaque a ascensão da Force India, que equipado com motor Mercedes, fez um campeonato sem grandes erros como em 2007 (ainda com o nome Spyker) e 2008. Giancarlo Fisichella conquistou a primeira pole, o primeiro pódio e os primeiros pontos da equipe de Vijay Mallya, no GP da Bélgica. Adrian Sutil, companheiro de Fisico, também fez uma temporada acima das expectativas. O mesmo não se pode dizer de Luca Badoer, piloto de testes da Ferrari, que após dez anos sem correr uma etapa da categoria, acabou sendo escolhido para suceder Felipe Massa, afastado após sofrer grave acidente na Hungria, ao ser atingido por uma mola do carro de Rubens Barrichello. Badoer não conseguiu pontuar e Fisichella assuimiu o posto, realizando seu sonho de pilotar um carro da Scuderia.
Acidente com Felipe Massa no GP da Hungria de 2009
100ª Vitória Brasileiro conquistada por Barrichello - GP Valência de 2009 
Titulo de Button no GP do Brasil de 2009
Na temporada de 2011 seriam disputados 20 Grandes Prêmios de Fórmula 1. Mas com o cancelamento do GP do Bahrein devido aos protestos no início do ano, serão apenas 19 corridas. Não haverá nenhum grande prêmio no continente africano. Os grandes prêmios serão disputados em diversos países da Ásia, Europa, Oriente Médio, Oceania, América, incluindo o Brasil. A grande novidade para esta temporada é o GP da Índia: a primeira prova no país será realizada no circuito de Jaypee.