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A Itália não está entre as mais fortes seleções europeias na atualidade. Holanda, Alemanha e a campeã do mundo Espanha ainda apresentam um futebol superior ao do país tetracampeão mundial. Entretanto, nas últimas rodadas da fase classificatória da Euro 2012, a equipe de Prandelli mostrou uma evolução. Grande parte da melhora italiana deve-se à boa fase da Juve, base da seleção da Bota.
A base de Turim
A equipe italiana principal, que enfrentou a Sérvia, teve seis titulares da Velha Senhora. A defesa, principalmente, foi o setor que utilizou a Juve como base. Somando Maggio na lateral-direita, o time de Prandelli entrou com a mesma formação do gigante italiano. Chiellini pela esquerda, Buffon no gol, e a dupla de zaga Bonucci e Barzagli.
No meio-campo, o cérebro da Velha Senhora foi transplantado à Azzurra. Pirlo, assim como na Juventus, funciona como volante de saída. O veterano joga como primeiro homem do meio-campo, mas não de cabeça-de-área. O meia traz qualidade ao meio de campo italiano, guarnecido por outros dois volantes de qualidade: De Rossi e Marchisio.
Assim como a Juve, a Itália vem-se aproveitando da ótima fase vivida por Marchisio. O jogador começou muito bem a temporada, aparecendo como força ofensiva em diversos momentos. O entrosamento com Pirlo já gerou resultado. No jogo contra a Sérvia, o volante abriu o placar do confronto.
O esquema do campeão
Cesare Prandelli utiliza na seleção italiana o mesmo esquema que deu o título ao Milan na temporada passada: o 4-4-2 em losando. Com o bom trio de volantes (Pirlo, Marchisio e De Rossi), o treinador tem uma base forte para o losango de meio-campo. Mais à frente, Montolivo ganha uma função de criação, mais ofensiva. O meio-campo da Fiorentina já atuou mais recuado, mas, hoje, serve como ligação à dupla de atacantes.
A defesa Prandelli “copiou” da Juventus. Do mesmo modo que a equipe de Turim, a saída pela direita é uma arma no esquema com Chiellini na lateral. Maggio, um ala no Napoli, ocupa bem a posição. O defensor da Juve tem força e raça, aparecendo como um dos principais líderes da equipe. O veterano leva isso para a seleção italiana.
À frente, a Itália — de Amauri, Toni, Iaquinta e Gilardino — joga com uma dupla de velocidade. Rossi e Cassano formam um ataque ágil e de velocidade. O atacante do Milan deixou para trás sua constante atitude de bad boy, aproveitando melhor seu potencial. O jogador do Villarreal, há algumas temporadas, “carrega” o ataque do Submarino Amarelo ao lado de Nilmar.
A seleção italiana ainda está atrás dos melhores times da Europa. Holanda, Alemanha e Espanha aparecem como favoritos para a conquista da Eurocopa de 2012. Porém a nova estrutura formada por Prandelli tem potencial para recuperar a força do país no continente.
Aproveitando-se da base de Turim, a Azzurra ganha em estrutura e em entrosamento, fator decisivo para o sucesso das outras seleções citadas. A Itália hoje tem mais força que o time eliminado na Copa do Mundo de 2010.
Goal.Com
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