domingo, 12 de junho de 2011

Diz jornal que no Uruguai só se faz uma pergunta: 'Como parar Neymar?'

Neymar no treino do Santos (Foto: Ricardo Saibun / Site Oficial do Santos)Neymar em treino do Santos (Foto: Ricardo Saibun
/ Site Oficial do Santos)
Voltar ao passado para trazê-lo ao presente. Se Neymar circunda como um fantasma as mentes uruguaias às vésperas da final da Taça Libertadores, os mais veteranos tratam de tranquilizar os jovens com uma boa lembrança para mostrar que o atacante do Santos, em que pese toda a sua habilidade e rapidez, não é tão assustador assim. No entanto, no Uruguai, desde que o Peñarol se classificou para a decisão, só se faz a pergunta de como parar Neymar, diz o jornal "El País".
Os mais velhos, entretanto, contam que nas semifinais da Libertadores de 1965, quando os mesmos times se encontraram, Ernesto Ledesma, o "Cholo", grudou em Pelé e conseguiu atrapalhar aquele que já construía a fama de ser o maior jogador de futebol de todos os tempos e o Atleta do Século XX. Recorda o jornal uruguaio que Ledesma era um ponta direita baxinho, maratonista e resistente que foi escalado pelo técnico Roque Máspoli como como falso ponta direita para tentar ao menos incomodar muito Pelé. E "Cholo" conseguiu de alguma forma cumprir sua complicada missão e ajudar o time uruguaio a eliminar o Santos, após três árduas batalhas (5 a 4 para o Santos no primeiro jogo, no Brasil; 3 a 2 para o Peñarol, no segundo, em Montevidéu, e 2 a 1 para a equipe aurinegra no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires). Na final, o Independiente, da Argentina, acabaria se sagrando campeão daquele ano.
O interessante neste episódio, informa "El Pais", é que Ledesma havia jogado pelo XV de Novembro de Piracicaba e que morava a dez quadras da Vila Belmiro. Portanto, já conhecia bem Pelé. Tão bem, que antes da segunda partida daquela semifinal, no estádio Centenário, pediu ao camisa 10 do Santos que posasse ao seu lado para uma foto.
Os uruguaios podem ter essa história para lembrar, mas os brasileiros preferem se recordar da vitória do Santos sobre o Peñarol na final de 1962, também em três partidas. Na primeira, em Montevidéu, o time brasileiro venceu por 2 a 1, mas perdeu a segunda, na Vila Belmiro, por 3 a 2, e no jogo-desempate, em campo neutro, também disputado no Monumental de Núñez, Pelé fez dois dos 3 a 0 que deram aos santistas o segundo título da Libertadores para o clube (o outro foi marcado por Caetano, contra).
Aguirre não quer marcação especial a Neymar
Afora o que conta o passado, o técnico atual do Peñarol, Diego Aguirre, trata de tirar o temor que o fantasma chamado Neymar possa causar:
- Em uma equipe de grandes individualidades, Neymar é o melhor. Apesar disso, serão tomadas precauções normais, o Peñarol não vai mudar sua maneira de defender por causa de Neymar. Não está nos planos destinar a ele uma marcação pessoal e si que não tenha muitos espaços.

Globo sport

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