Jay Neuhaus, diretor de Marketing da Fifa (crédito: Carol Garcia/Agecom-BA)
A matéria, publicada nesta segunda-feira (13), apresenta cópia de documento assinado por Jay Neuhaus, diretor de Marketing da Fifa no Brasil, impondo a escolha da ADM, empresa parceira da entidade máxima do futebol, na confecção de brindes, bonés e chaveiros. Neyhaus dá o recado: ou a sede contrata a ADM ou paga 17% de taxa de licenciamento se escolher outra fabricante. "Esperamos ter a cooperação de vocês em adotar a ADM. Nós entendemos que as sedes, por serem entidades públicas, estão atreladas aos processos de licitação, porém esperamos encontrar uma forma de garantir que a ADM sempre faça parte deste processo", dizia o texto
Outro que faz recomendações é Carlos de la Corte, consultor do COL responsável pela avaliação dos estádios. Ele pede que seja verificada a "possibilidade de parceria" com uma empresa de energia solar chinesa, a Yingli, patrocinadora da Fifa. Thierry Weil, diretor de marketing da Fifa, também sugere a contratação da Liberty Seguros, mais uma parceira da entidade. Em comum, as cartas e emails pedem "colaboração" junto às cidades-sede e insinuam que elas atendam às sugestões da Fifa, caso contrário terão de fazer licitação e arcar com o custo de adequar a empresa vencedora ao padrão imposto pela entidade.
"Conduta padrão"Questionada sobre a polêmica, a Fifa sustenta que o envio de comunicado às sedes oferecendo parcerias com patrocinadores é "conduta padrão". O Comitê Organizador Local(COL) também declarou que Carlos de la Corte é consultor terceirizado e não pode responder por ele. A ADM, em nota, respondeu que as sedes são "encorajadas" a contratá-la, mas que não há influência da Fifa, mesmo tom utilizado pelas empresas Liberty e Yingli. Segundo as 12 cidades-sede, nenhuma das indicadas pela Fifa foi contratada até o momento.
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